Formalização do Conceito

    Inteligência, segundo Sternberg é "a capacidade de solucionar problemas abstratos". Para Terman, um indivíduo é inteligente "...na medida em que é capaz de pensar em termos abstratos". Pode-se também conceituar a inteligência como a capacidade que o ser humano possui de criar e/ou modificar coisas; a capacidade de extrair a essência de um determinado conteúdo e, ainda, refletir e discutir sobre o mesmo. Ou ainda, "Uma inteligência implica na capacidade de resolver problemas ou elaborar produtos que são importantes num determinado ambiente ou comunidade cultural".

"Apesar de não haver uma definição aceita de forma unânime sobre o que é inteligência, aceita-se que o ser humano possui um tipo de inteligência característica que se traduz pela capacidade de compreender e transformar o mundo à sua volta" [Cynthia Moreira Lima]

    Uma noção errônea de inteligência é a suposição de que alguém que possui muito conhecimento automaticamente pode ser considerado inteligente. O que torna alguém inteligente não é a quantidade de conhecimento que possui mas, sim, a habilidade de adquirir novos conhecimentos, o chamado aprender a aprender constantemente

    A Inteligência Artificial fundamenta-se na idéia de que é possível modelar o funcionamento da mente humana através do computador. O corpo proporciona uma referência fundamental para a mente. Segundo este autor, os aspectos neurais e químicos da resposta do cérebro provocam uma alteração profunda no funcionamento dos tecidos e sistemas, tais como: disponibilidade de energia, taxa metabólica, resposta do sistema imunizador e contração da musculatura. Os sinais de todas essas alterações são retransmitidas ao cérebro (cérebro e corpo atualizam constantemente as informações).

    Neste sentido, não se pode pensar em uma atividade mental plena fora do corpo, visto que o meio ambiente influencia o cérebro através das percepções humanas. Quando um ser humano vê, ouve, toca, saboreia, cheira... o corpo e o cérebro interagem juntos com o meio ambiente. Perceber é atuar sobre o meio como também dele receber sinais. A mente surge da atividade nos circuitos neurais, que representam o organismo continuamente, à medida que é perturbado pelos estímulos do meio ambiente físico e sócio-cultural, e à medida que atua sobre esse meio. Este é um dos pontos críticos da Inteligência Artificial, a questão filosófica que envolve corpo, alma e mente.

    Os fundadores da Inteligência Artificial (Herbert Simon, John McCarthy e Marvin Minsky) acreditavam firmemente que a inteligência é um mecanismo. O cérebro, nesta visão, é uma máquina e os neurônios são processadores de informação. Segundo esta visão, de que o cérebro é uma máquina, seria perfeitamente possível modelá-lo dentro do computador. Mas o mundo em que vivemos, o "mundo real", é muito maior e mais complexo do que o micromundo digital do computador, construído por nós mesmos.

A Teoria das Inteligências Múltiplas

    A teoria das inteligências múltiplas está baseada nesta capacidade que o ser humano dispõe para resolver problemas. Além disso, são consideradas inteligências universais, que podem ser analisadas em qualquer contexto sócio-cultural. diz que deve-se reconhecer que a inteligência pode ser abordada sob diferentes aspectos, não só correlacionados à lógica, matemática e memorização mas, também, à fluência verbal e escrita, música, habilidades artísticas, entre outras. Todos os indivíduos possuem diferentes tipos de mentes e o bom professor deve saber dirigir-se à mente de cada aluno da forma mais direta possível, visando reconhecer as forças pessoais de cada um. O professor, neste sentido, deve ser um antropólogo, observando seu aluno cuidadosamente, e um orientador, ajudando-o a atingir os objetivos que a escola estabelece. O tipos de inteligência são:

    Inteligência Musical

    Inteligência Corporal-Cinestésica

    Inteligência Lógico-Matemática

    Inteligência Lingüística

    Inteligência Espacial

    Inteligência Interpessoal

    Inteligência Intrapessoal

    Além das inteligências acima mencionadas, temos uma possível candidata à oitava inteligência: a inteligência moral ou espiritual. Segundo Gardner, esta inteligência pode ser considerada como uma componente da inteligência pessoal, visto que o que é moral ou espiritual depende imensamente dos valores culturais ligados ao meio ambiente onde o indivíduo está inserido, não sendo classificada como uma inteligência à parte. Atualmente, Gardner acrescentou à teoria duas inteligências: a naturalista (entender a natureza) e a existencial (fazer perguntas sobre a vida, morte, universo).

Inteligência Emocional

    A Inteligência Emocional, atualmente, está sendo muito discutida. Segundo [GOL 99], ela caracteriza a maneira como as pessoas lidam com suas emoções e com as das pessoas ao seu redor. Isso implica em diversos aspectos, tais como: autoconsciência, motivação, persistência, empatia e entendimento, características sociais como persuasão, cooperação, negociações e liderança: "Esta é uma alternativa de ser esperto, não em termos de QI, mas em termos de qualidades humanas do coração".